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Notícias falsas custam vidas – conheça as fake news da vacinação e como não cair nelas

dizeres
dizeres "fake news" sob papel verde rasgado

Em uma era digital onde a informação é disseminada em velocidade recorde, torna- se cada vez mais difícil distinguir fatos de inverdades. 

Infelizmente, um dos campos mais impactados por este fenômeno é o da saúde, especialmente no que se refere à vacinação. As notícias falsas – ou “fake news” – não são apenas enganosas, elas podem, literalmente, custar vidas.

Com exceção da água potável, nenhuma descoberta, nem mesmo os antibióticos, produziu um efeito tão grande na redução da mortalidade da população mundial quanto a vacinação.

No entanto, com a propagação desenfreada de desinformação, muitas pessoas se encontram questionando ou até mesmo evitando vacinas que são essenciais para a saúde coletiva.

Por isso, o blog Imunizar Vacinas preparou um conteúdo completo sobre as principais fake news relacionadas à vacinação – acompanhe a leitura:

Por que é importante combater as fake news das vacinas?

As vacinas foram responsáveis por um aumento de cerca de 30 anos em nossa expectativa de vida nos últimos dois séculos. Os efeitos da imunização são inquestionáveis. Inúmeras evidências demonstram seu potencial de melhora das condições de saúde das pessoas.

No Brasil foi possível erradicar e reduzir enfermidades como varíola, poliomielite, coqueluche, rubéola e tétano. As campanhas de vacinação foram bem-sucedidas a ponto de se pensar que doenças como essas não fossem mais ameaças.

Apesar do progresso, ainda há resistência em relação à vacinação por parte de algumas pessoas, sobretudo devido à disseminação de fake news contra os imunizantes.

Por isso, vale lembrar que a luta contra as fake news relacionadas às vacinas é extremamente importante por várias razões:

  • Saúde Pública: a desinformação sobre vacinas pode levar à hesitação em se vacinar e, eventualmente, à recusa completa. Isso pode resultar em surtos de doenças que são facilmente preveníveis por vacinação, colocando em risco a saúde pública;
  • Confiança nas Instituições de Saúde: a desinformação também pode minar a confiança no sistema de saúde e nos profissionais de saúde. Isso pode ter implicações de longo prazo, já que pessoas que desconfiam das instituições de saúde podem não buscar cuidados médicos quando precisam;
  • Progresso Científico: a disseminação de desinformação sobre vacinas também pode desacreditar os avanços e o progresso científico. A vacinação é um dos avanços mais significativos na medicina moderna e tem um papel crucial na prevenção de doenças.

Leia também: Quais vacinas o bebê deve tomar no primeiro ano de vida

Principais fake news em relação aos imunizantes

Muitas pessoas lembram das vacinas apenas em situações de risco iminente e durante as campanhas. Há também quem não se vacine nem vacine seus filhos. 

Essa atitude é parte do movimento antivacina, que ganha adeptos com as desinformações espalhadas – sem restrições, e por quem raramente têm formação especializada – pelas redes sociais.

O movimento antivacinas se baseia em motivos religiosos, filosóficos ou diretamente de saúde, como o receio de reações adversas. Eventualmente, a orientação contra o ato de se imunizar parte de alguns médicos.

Os argumentos do movimento não encontram respaldo científico. Aqui estão os mais comuns:

O argumento de que as doenças produzem imunidades naturais superiores e duradouras, superiores às vacinas, é infundado e coloca em risco a vida de um bebê que pode ter sarampo, meningite, coqueluche e doenças potencialmente letais.

As vacinas atuais produzem altas taxas de anticorpos com imunidade duradoura (ex: HPV), e algumas exigem reforços para garantir imunidade prolongada (ex: Tríplice bacteriana).

O receio de “sobrecarga antigênica” também não é verdadeiro. O sistema imune do recém-nascido já é capaz de responder a um número elevado de antígenos;

Outro receio frequente é o uso de Timerosal. Trabalhos de acompanhamento no decorrer dos anos não mostraram nenhuma evidência de atraso neuropsicomotor em crianças que receberam dosagens variadas de Timerosal. Ele é usado como conservante antibacteriano em frascos de múltiplas doses.

Vacinas podem, sim, causar reações adversas como febre, mal-estar, irritabilidade, reações locais e, muito raramente, efeitos mais graves. Existem provas abundantes, porém, de que os benefícios da vacinação superam em muito tais eventualidades. 

A resistência à vacinação se dá com todos estes argumentos falsos e fantasiosos e em geral é parte da defesa de um mundo mais “natural” de vida, como se vacinar equivalesse, digamos, a consumir junk food ou excesso de remédios. 

O que deixa de dizer é que com o modo de vida “natural” antes das vacinas, nos séculos 18 e anteriores, a saúde e a expectativa de vida das populações era largamente inferior à que temos hoje.

Leia também: Vacinação extramuros e domiciliar: como funciona e quais as vantagens?

Outras fake news para ficar longe…

Além dessas, outras fake news relacionadas às vacinas e seus efeitos incluem:

Vacinas causam autismo

Esta é uma notícia falsa muito difundida e totalmente infundada. A alegação surgiu de um estudo publicado em 1998 que foi posteriormente completamente desacreditado e retirado pela revista que o publicou. 

Vários estudos subsequentes, envolvendo milhões de crianças, não encontraram nenhuma ligação entre vacinas e autismo.

Vacinas contêm ingredientes prejudiciais

Algumas pessoas acreditam que as vacinas contêm ingredientes que são mais perigosos do que a doença que estão prevenindo. 

No entanto, todas as substâncias presentes nas vacinas têm uma função específica e são seguras para uso em humanos. Por exemplo, algumas vacinas contêm traços de formaldeído para inativar o vírus, mas essa quantidade é significativamente menor do que a quantidade naturalmente produzida pelo corpo humano.

Vale ressaltar que há riscos de alergias a compostos específicos nas vacinas. Por isso, procure sempre um profissional de saúde que fará as prescrições corretas para cada caso.

Leita também: Confira a nova composição da Vacina da Gripe/Influenza para 2023

Não é necessário vacinar-se contra doenças que já foram erradicadas

Mito! Mesmo que uma doença tenha sido erradicada em certas partes do mundo, isso não significa que ela não possa retornar. A erradicação global de uma doença é um processo longo e complicado. 

O sarampo, por exemplo, foi declarado erradicado nos Estados Unidos em 2000, mas surtos recentes mostraram que a doença ainda pode retornar se as taxas de vacinação diminuírem.

Vacinas modificam o DNA humano

Este é um mito associado principalmente às vacinas de mRNA para a COVID-19, como as desenvolvidas pela Pfizer-BioNTech e Moderna. No entanto, as vacinas de mRNA não alteram o DNA humano. Elas funcionam fornecendo ao corpo as instruções para produzir uma proteína que desencadeia uma resposta imunológica.

Conheça as doenças imunopreveníveis

Como podemos ver, apesar da grande divulgação de notícias falsas envolvendo vacinas, elas ainda são a principal forma de aumentar as defesas do organismo contra agentes causadores de doenças potencialmente fatais. 

Algumas das principais vacinas preveníveis por meio da vacinação são:

  • Varíola: A vacina foi desenvolvida em 1798. Desde então tem salvado milhares de vidas. A doença foi erradicada em 1977;
  • Poliomielite: Causa sequelas gravíssimas ou mortes precoces. Graças às campanhas de vacinação, deixou de existir no Brasil em 1989. No entanto, persiste no Afeganistão, Paquistão e em outros países. Com a globalização, a queda da cobertura vacinal nacional pode expor o Brasil à doença;
  • Coqueluche: Desde 2010, houve aumento dos casos no mundo todo, afetando principalmente crianças até seis meses, que ainda não completaram o ciclo básico de vacinação. Adultos e adolescentes, com imunidade decrescente, representam, quando infectados, uma fonte de contágio para os bebês. É especialmente importante a vacinação de gestantes com a tríplice bacteriana, que além da coqueluche protege contra difteria e tétano;
  • Sarampo: Foi uma das maiores causas de mortalidade infantil até 1963, quando foi descoberta a vacina. A queda recente da cobertura vacinal fez com que houvesse surtos em diversos países. No Brasil, em 2019 foram registrados 6,4 mil casos até o início de outubro, com alguns óbitos. A proteção se dá com a tríplice viral, que imuniza também contra rubéola e caxumba;
  • Rubéola: Após campanha intensa em 2008, a doença foi eliminada em 2009. Nos casos de gestantes com a doença, há risco de rubéola congênita;
  • Meningite e pneumonia: As vacinas reduziram a internação por essas doenças principalmente no caso de crianças até dois anos;
  • HPV: É considerada a infecção sexualmente transmissível de maior incidência no mundo e responsável por 100% dos casos de câncer do colo do útero. As vacinas, feitas por engenharia genética, têm alta potência e relevância na redução de diversos tipos de câncer. 

Saiba mais:

Calendário vacinal adulto

Calendário vacinal das gestantes